OAB distribui cartaz da Campanha de Valorização da Advocacia

O Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil começou a distribuir ontem (09) às 27 Seccionais da entidade nos Estados e Distrito Federal os cartazes da Campanha Nacional de Defesa e Valorização da Advocacia. Ela será lançada em todo o País no próximo dia 22 pelo presidente nacional da OAB, Roberto Busato. Uma prioridade anunciada por Busato quando candidato à Presidência do Conselho Federal da entidade, a Campanha será coordenada pelo conselheiro federal da OAB por Pernambuco, Ademar Rigueira, presidente da Comissão de Defesa e Valorização da Advocacia do Conselho. Sob o lema “Cidadão sem Defesa/Cidadania Ameaçada”, o cartaz da campanha - exibe as mãos de uma pessoa amarradas por cordas - mede 43 centímetros por 62 e caberá às Seccionais sua distribuição às Subseções da OAB de todo o País. A peça faz um chamamento aos advogados para que, no dia 22, compareçam à sede da OAB de seus Estados e Distrito Federal para o 1º Encontro de Defesa e Valorização da Advocacia. Segundo o presidente nacional da OAB, com a Campanha a entidade pretende despertar a sociedade para a importância de proteger e exigir seus direitos, na defesa dos quais o advogado é indispensável. “Fortalecer as prerrogativas do advogado significa, na prática, fortalecer a cidadania e as instituições democráticas brasileiras”, afirmou Busato. Ao se candidatar à presidência do Conselho Federal da OAB, entre as prioridades anunciadas, ele firmou o compromisso com o lançamento de uma campanha nacional em defesa das prerrogativas e pela valorização da advocacia. Para Roberto Busato, essas prerrogativas estão ultimamente sendo desrespeitadas em diversas partes do País, sobretudo no que se refere à quebra do sigilo profissional. “Escritórios de advogados, em diversas capitais, têm sido devassados por parte da polícia por meio de ordens injustas, o que afronta a dignidade do cidadão”, lamentou. O coordenador da Campanha, conselheiro federal Ademar Rigueira, advertiu por sua vez que os ataques às prerrogativas da advocacia são um fato perigoso e podem resultar no enfraquecimento da profissão. "Até porque esses direitos que estão sendo alvo de desrespeito em várias partes - que são direitos garantidos pela Lei 8.906/94 - não pertencem ao advogado, mas ao cidadão que está ali representado por ele. Se o advogado não pode atuar com independência necessária e com a liberdade que é inerente a esta profissão, estamos pondo em risco a democracia e a cidadania”, observou. “Queremos que a população tome conhecimento de seus direitos. Quando se está na fila de um hospital, sem receber atendimento; quando seu processo está em andamento na Justiça e não se consegue obter o resultado final; quando seu filho é espancado numa delegacia, com culpa ou sem culpa - as pessoas precisam ter em mente que apenas com um advogado fortalecido seus direitos serão salvaguardados e essas arbitrariedades não vão continuar acontecendo", destacou o coordenador da Campanha.