Portugal resolve que vai "endurecer" no seu Exame de Ordem
O presidente da Ordem dos Advogados de Portugal, Rogério Alves, anunciou hoje (07) durante reunião da UIBA, a decisão da entidade portuguesa de endurecer no exame final dos candidatos à obtenção do registro profissional de advogado - o equivalente ao Exame de Ordem da OAB existente no Brasil. Conforme o bastonário, "a partir de agora, a avaliação será mais rigorosa. Rogério Ramos lembrou que existem atualmente 23 mil advogados, em relação a uma população de 10 milhões de habitantes. Na Áustria, citada por ele como exemplo, são 9 milhões de habitantes para um total de apenas 4 mil advogados. Segundo ele, de cada 100 candidatos a ingressar na profissão em Portugal, atualmente, cerca de 90 são aprovados, fato que tem inflacionado o mercado de trabalho e gerado mais advogados do que vagas de trabalho. Por isso, a entidade está desenvolvendo o projeto de endurecer o exame para aferir com mais precisão a qualidade técnico-profissional dos candidatos advogados. Dentro desse quadro, a profissão dos advogados de Portugal já está praticamente vivendo uma situação caótica, segundo Rogério Alves. Muitos advogados, conforme o bastonário, passam por grandes dificuldades financeiras, basicamente por falta de trabalho. Tal fato tem levado muitos advogados a procurar bicos, ou seja, buscam um emprego paralelo à profissão, de forma a suprir necessidades básicas para não passar fome. A partir de janeiro, conforme acrescentou, entrou em vigor o novo Estatuto da Ordem dos Advogados de Portugal. O estágio profissional obrigatório passou, com o novo estatuto, de 18 meses para no mínimo 24 meses. Segundo Rogério Alves, hoje 60% dos advogados inscritos na OAP têm menos de 40 anos de idade. Dentro de 10 anos, aproximadamente 60% da advocacia serão de mulheres. Há também na OAP 7 mil advogados que estão com suas inscrições suspensas.
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